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A utilização de SIGs se popularizou a partir da década de 80, com o desenvolvimento dos primeiro softwares comerciais voltados para esta área, criados pela M&S Computing (posteriormente Intergraph), Environmental Systems Research Institute (ESRI) e CARIS, tomando maior impulso na década de 90, quando os sistemas deixaram de depender de grandes servidores e passaram para o ambiente dos desktops. Ao longo dos últimos anos, este universo vêem ganhando novo folego com o desenvolvimento de diversas iniciativas Open Source, como os softwares Quantum Gis, GRASS, MapWindow e MapServer, e ainda mapas interativos, como o Google Earth, Google Maps, Microsoft Virtual Earth, Live Search Maps, ferramentas que só são possíveis graças a bases de dados georeferenciadas. O desenvolvimento de softwares que utilizam SIG pela Secretaria de Urbanismo e Controle Urbano de Niterói buscou inspiração em iniciativa semelhante, desenvolvida dentro da própria administração municipal pela Secretaria de Fazenda, com o sistema GeoNiteroi. A proposta dessa linha de trabalho foi a de criar ferramentas que respondessem a duas necessidades primordiais na atual administração. Primeiramente, auxiliar na tomada de decisões de planejamento, focando as ações da Secretaria onde a presença do poder público se faz mais urgente. Secundariamente, desburocratizar o acesso do munícipe as informações básicas a respeito da cidade, dando a este capacidade de, ao identificar sua casa, rua ou bairro, ter o maior conjunto possível de dados sobre o local na forma de legislação. Niterói, assim como qualquer cidade, pode ser vista como um imenso banco de dados, onde as diversas camadas de informações; sociais, legais, urbanas e tantas outras imagináveis; formam seu corpo e definem seu perfil. Quando analisamos Áreas de Especial Interesse Social (AEIS), como comunidades carentes, percebe-se o rompimento de várias destas camadas, devido em grande parte a falta de integração destas áreas com a estrutura legal da cidade. Dentro do poder público, provavelmente o Programa Médico de Família é o braço que possui a maior penetração dentro destas AEIS, conseqüentemente, o vetor que mais facilmente poderia recolher os dados que faltam nestas camadas informacionais. O sistema geoSaúde é uma plataforma que pretende facilitar ambas secretárias a extraírem, tanto numericamente, quanto espacialmente, informações que possam subsidiar ações pontuais nas comunidades pesquisadas. O sistema é composto por um site, acessível por senha a partir de qualquer terminal conectado a internet, que congrega em uma única interface as ferramentas de cadastramento e visualização dos dados colhidos pelos médicos. Sua estrutura se baseou em 4 tecnologias: O banco de dados Postgress; o software MapServer; a linguagem PHP e o Adobe Flash 8. Das 4 tecnologias utilizadas, somente o Adobe Flash 8 é um programa proprietário, sendo todas as outras de Código Aberto, conseqüentemente sem custo para o município. Consideramos que a plena implementação do GEOSaude, que desde já o consideramos um trabalho “moto-continuo”, será uma ferramenta preciosíssima para a compreensão da cidade informal, das suas necessidades e da justificativa de investimentos nas áreas carentes. |