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Os métodos de projeto de arquitetura estão em constantes mudanças, influenciados diretamente pelos avanços tecnológicos, observa-se um aumento da capacidade cognitiva e da produção dos arquitetos, tentativas formais até então impossíveis de serem concebidas passaram a ser desenvolvidas com o auxílio de softwares CAD (Computer Aided Design). Essas mudanças na forma de projetar alteraram de modo definitivo os meios tradicionais das etapas criativas, representados em grande parte pelos desenhos manuais se destacam como ferramentas de desenvolvimento e reflexão de projeto. Com o amplo desenvolvimento das tecnologias CAD, as práticas manuais passaram a competir com as digitais, muitos estudantes de arquitetura desenvolvem projetos diretamente em sistemas informatizados, chegando a abandonar os esboços manuais. Embora essas mudanças paradigmáticas se traduzam em maior agilidade, praticidade e a possibilidade de criação de novas formas de representação, arquitetos e estudantes menos experientes tendem a simplificar formas mais complexas, adequando-as aos programas CAD, conseqüentemente pode-se observar um declínio da qualidade projetual. OBJETIVOS O presente artigo visa estabelecer um panorama sobre ferramentas que permitem a integração entre os meios tradicionais e digitais no projeto de arquitetura. Desenvolvendo assim, uma revisão sobre as pesquisas focadas no desenvolvimento de displays interativos. Destacam-se nesse âmbito estudos de ferramentas que resgatam os traços manuais dos arquitetos e que possibilitam uma interface com programas CAD. METODOLOGIA A pesquisa baseia-se na busca e análise de estudos realizados sobre displays interativos que auxiliam no processo criativo de arquitetura. Em seguida se estabelece uma comparação entre suas principais características e usos. Dentre as pesquisas sobre as ferramentas estudadas estão: • Interação e interface de mesas digitalizadoras, representada aqui por mesas digitalizadoras opacas e com monitores LCD, (Figura1). Figura 1. Tecnologias de mesas digitalizadoras, resgate do esboço manual. • Câmeras de imersão, onde cenários virtuais são criados a partir de desenhos manuais e modelagens em programas 3D (Figura 2). Figura 2. Sistemas de imersão. • Tangible Bits do Media Lab - MIT, onde cada superfície do espaço em que o usuário está inserido se torna interativa (figura 3). Figura 3. Tangible bits de Hiroshi Ishi, sistema de superfícies interativas. • Telas e lousas interativas utilizadas no processo criativo e comunicação de projeto, destacando-se pesquisas sobre telas de plasmas (perceptive pixels) e lousas interativas (whiteboards) de projeção frontal e posterior (figura 4). Figura 4. Telas e Lousas Interativas. CONCLUSÕES: A pesquisa estabelece uma relação das tecnologias de displays interativos, disponíveis para auxiliar o processo de projeto de arquitetura, relacionado a potencialidade de implementação no ambiente de ensino e nas práticas profissionais. Possibilitando uma comparação quanto à praticidade, ergonomia, funcionalidade e viabilidade dos custos. Pode-se concluir que os displays interativos assinalam para um resgate dos traços manuais dos arquitetos e caracterizam-se como importantes ferramentas para o processo cognitivo, facilitando dentre outros fatores, a comunicação entre equipes de projeto. |