Summary: |
Uploaded: Expanded Art Diagram 2008 Propõe-se, a apresentação de uma interface multimídia da digitalização do inicialmente impresso Diagrama expandido de Arte por George Maciunas, Fundador do Fluxus em 1966, e que foi publicado na Film Culture n°43, Nova Iorque em 1966 e em 1975 por Richard Kostelanetz em seu livro Essaying Essays. Produzida no âmbito do XXXX (XXXX), a produção da interface tem como objetivo de contribuir para uma reflexão sobre processos de criação tanto em Arquitetura como em Artes explorando conceitos e contextos da cultura digital e métodos sistêmicos. Não faz tanto tempo que a obra de arte é vinculada à autoria. Antes da Idade Moderna, o termo “arte (ars, techné) tinha significado diferente do atual, se é que atualmente existe consenso quanto ao significado do termo. Havia, então, uma única arte suprema: ars vivendi (o saber viver), e todos os artifícios, artimanhas e artefatos estavam a serviço de tal arte.” [FLUSSER, 1983:83] Técnica era sinônimo de arte: “criação e aplicação de formas vivenciadas, conhecidas e valorizadas.” [FLUSSER, 1998:83] Muitas vezes, as obras eram produções coletivas que podiam durar mais do que a vida de uma geração, como as catedrais góticas, por exemplo. No fundo, a sua função era a de elaborar e organizar informações visíveis e não visíveis. Essas informações precisavam ser organizadas de forma a produzir conhecimento e providenciar opções para o presente. A estruturação espacial das informações e o acesso a elas pelos diferentes tipos de observador sempre foi um aspecto importante do sistema da arte. O exemplo do Fluxus, auto-nomeando-se Não-Movimento é um exemplo interessante de um sistema de arte. Fundado nos anos 1960 por George Maciunas, conta até hoje com a participação de inúmeros artistas, e pode ser entendido como um sistema de arte circular e retro-alimentado por seus participantes. A autoria das diversas produções é, simplesmente, Fluxus, negando através do seu próprio processo de produção transparente e reprodutível o seu status mercadológico e, assim, talvez, recuperando a ars vivendi à qual se referiu Flusser. Todas as ações realizadas com o nome Fluxus são concebidas a partir da observação de segunda ordem, evidenciando as diferenças de concepção de mundos e, assim, provocando o próprio espectador a sair de sua posição confortável de observador de primeira ordem. A própria passagem de diversos artistas convive com a ambigüidade de autoria coletiva e individual, intrinsecamente ligados à vivência da experiência Fluxus. A compreensão do Fluxus como um sistema que faz parte de um sistema maior é ilustrado através do diagrama de arte expandida desenvolvido por Georges Maciunas, que mostra as relações do Fluxus com outros movimentos e produções artísticas. O diagrama re-trabalhado está sendo detalhado, acrescentando-se informações, e está acessível no endereço: XXXX sob responsabilidade da pesquisadora XXXX. O objetivo desse trabalho é o de entender as relações entre movimentos artísticos como sistemas de arte e permitir, através da criação de uma interface interativa, a inserção de outras informações, para atualizar e complementar o diagrama, estabelecendo, assim, um diálogo permanente e aberto. É o próprio meio computacional que permite reabrir processos de criação, e assim se aproxima das iluminuras produzidas no período medieval, que eram produções coletivas de textos ilustrados ao longo do tempo e com a participação de vários inter-atores. Certamente, Fluxus aprovará! |