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Antecedentes Trata-se de um trabalho integrado entre a Prefeitura Municipal de Vitória (PMV) e o Núcleo de Arquitetura e Urbanismo (NAU) da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) para a avaliação não somente da interferência das futuras ocupações sobre a leitura da paisagem urbana do centro histórico, mas também da construção de uma experiência visual rica a partir da perspectiva dos seus usuários e passantes. O Plano de Proteção da Paisagem é uma iniciativa de registrar visualmente a experiência urbana e garantir certas presenças arquiteturais de suma importância para a construção da memória cultural da cidade de Vitória, permitindo que elas sejam apreendidas visualmente em trechos determinados, mantendo suas ocasiões de visibilidade, mas sem restringir totalmente a ocupação urbana nem engessar sua construção visual. Incluem-se inclusive os elementos naturais que participam da formação do cenário urbano num nível imediato além de toda porção edificada circundante que pode ser abarcada visualmente por todos que lá transitam. E, numa atitude mais transgressora, investigar o papel das novas tecnologias de geração de imagens em grande escala para a criação de uma paisagem urbana verdadeiramente contemporânea. O modelo digital caminha em paralelo com as discussões e análises multidisciplinares sobre a construção da paisagem urbana, complementando com uma interface gráfica propostas que permitem recriar possíveis cenários de sua evolução. Atua como um ambiente digital crítico, voltado para análises intermediárias de processos de projeto. Objetivos Seria possível estabelecer critérios de manipulação da paisagem urbana que soubessem valorizar a sua visualidade? Como visualizar essa multiplicidade de imagens de diferentes escalas e tempos que se sobrepõem na paisagem das metrópoles? Como orientar sua evolução? A interface tem o objetivo de recriar constantes arranjos visuais de crescimento das metrópoles e potencializar a crítica sobre o impacto das intervenções na formação da paisagem urbana da cidade. A partir de uma sucessão de diferentes combinações, busca-se cruzar diferentes perspectivas visuais, e com isso refletir sobre possíveis estratégias de intervenção que criem uma experiência urbana que valorize a diversidade visual. Metodologia 1º passo: elaboração do modelo digital da área em questão utilizando o software 3DStudio Max a partir de dados obtidos no acervo da PMV e de levantamentos realizados em ingressos fotográficos diretamente no território. Esses dados incluem elevações e plantas dos edifícios históricos, e uma base cadastral contendo a malha viária e as referências de níveis de todo entorno 2º passo: análise das imagens geradas a partir do modelo 3D e simulação de possíveis estágios de evolução da paisagem urbana. 3º passo: elaboração de uma interface gráfica em Flash que potencialize leituras da paisagem a partir de critérios mais dinâmicos como sobreposições, simultaneidades, transparências, montagens, animações, etc. Conclusões Em se tratando de uma pesquisa ainda em processo, espera-se que as plataformas interativas que são viabilizadas pelos softwares de modelagem e animação interativos possam se confirmar como recursos eficientes para a elaboração de propostas de intervenção em arquitetura e urbanismo que assumam o caráter diversificado e plural das metrópoles atuais. |